12-03-2006
"-Tu. Oh não. Eu... eu lembro-me
- Lembras-te? Ohh, eu não faria isso. É muito perigoso. O passado é um tempo cheio de preocupações e ansiedades. É melhor deixá-lo no passado, não acha? Ha ha ha. A memória é tão traiçoeira. Num momento estamos perdidos num carnaval de prazeres, com os aromas fortes da infência, os neons brilhantes da puberdade, todos aqueles rebuçadinhos sentimentais... de repente, a memória coloca-nos num caminho que não queremos percorrer...até um local escuro e frio, preenchido com as formas ambíguas de coisas que pensávamos ter esquecido. As memórias podem ser perversas, repulsivas, brutais, como as crianças, acho eu ahahah. Mas poderemos viver sem elas? A nossa racionalidade basei-ase em memórias. Se não conseguirmos enfrentá-las estaremos a negar a nossa própria razão de ser!. E porque não? Não temos nenhum vínculo contratual com a racionalidade. Não existe uma cláusula de sanidade! Por isso, se for apanhado num trilho de pensamento, em direcção a locais do passado onde os gritos são insuportáveis, lembre-se que existe sempre a loucura. A loucura é a saída de emergência. Pode sair e fechar a porta de todas as coisas horríveis que tenham acontecido. Pode fechar a porta...para sempre"
Batman - Piada Mortal por Alan Moore/Brian Bolland/John Higgins
Thursday, May 15, 2008
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